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Operação da PF cumpre busca e apreensão na casa de Bolsonaro e impõe tornozeleira eletrônica

Ex-presidente é alvo de mandados em Brasília e enfrenta medidas restritivas por determinação do STF no inquérito sobre tentativa de golpe.

Na sexta-feira, 18 de julho de 2025, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de Jair Bolsonaro, em Brasília, e em sedes do Partido Liberal (PL), no Distrito Federal e no Rio de Janeiro  .

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, que incluiria o ex-presidente e outros investigados  .

Durante os mandados, foram apreendidos aproximadamente US$ 14 mil e R$ 8 mil na casa de Bolsonaro, além de um pendrive e outros itens de interesse da investigação  .

Medidas cautelares impostas:

  • Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica com monitoramento da movimentação  ;
  • Restrição de deslocamento entre 19h e 7h nos dias úteis e permanência domiciliar integral nos finais de semana e feriados  ;
  • Proibição de uso de redes sociais e de contato com diplomatas e embaixadas estrangeiras, bem como comunicação com seu filho Eduardo Bolsonaro, também investigado  .

Motivos citados pela Justiça:

As medidas foram justificadas pelo STF com base no “risco concreto de fuga” e na atuação de Bolsonaro e seu filho nos EUA, onde teriam articulado sanções ao Brasil como forma de pressão ao Judiciário brasileiro  .

A defesa do ex-presidente classificou a ação como uma “suprema humilhação”, afirmando que tais medidas são desproporcionais e que Bolsonaro sempre colaborou com as investigações  .

Repercussão e contexto:

A operação ocorre no contexto da Operação Contragolpe, que desde novembro de 2024 investiga a articulação de um golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. Bolsonaro foi formalmente indiciado e denunciado pela PGR por crimes como golpe de Estado, organização criminosa e atentado à soberania nacional  .

Internacionalmente, o caso gerou tensões diplomáticas: o ex-presidente Donald Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, em retaliação às investigações, e os EUA revogaram vistos de autoridades brasileiras, inclusive do ministro Alexandre de Moraes  .

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