Intervenção emergencial – com investimento de R$ 9 milhões pelo DNIT – visa conter erosão que ameaça motoristas e áreas urbanas ao lado de uma das principais rodovias do país.
Iniciada em 21 de julho, a obra marca início do PRAD, plano de recuperação da área degradada homologado pela Prefeitura
Valparaíso de Goiás — Na segunda-feira (21/07/2025), tiveram início as obras paliativas na voçoroca às margens da BR‑040, em Valparaíso de Goiás. As intervenções emergenciais, conduzidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), objetivam conter o avanço da erosão, que coloca em risco tanto a segurança de motoristas como a estrutura urbana próxima à rodovia — um corredor logístico vital para mais de 100 mil veículos por dia .
A ação atende ao decreto de calamidade pública nº 162/2025, publicado pela Prefeitura em março deste ano, como consequência da erosão que se agravou nos últimos anos .
Etapas iniciais e investimento
Na primeira fase, estão sendo realizados serviços de limpeza da área e abertura de acessos operacionais para facilitar a entrada de máquinas e equipes técnicas . Um trator e caminhões-pipa foram flagrados atendendo à urgência no local, umedecendo o solo para reduzir poeira e preparo da base .
O investimento previsto pelo DNIT é de cerca de R$ 9 milhões, provenientes do ressarcimento de uma área degradada que foi leiloada. Os recursos estão direcionados ao PRAD (Plano de Recuperação de Área Degradada), que prevê ações de contenção mais eficazes no médio e longo prazo .
Articulação política e técnica
A execução da obra contou com a mobilização da Prefeitura local, do deputado federal Célio Silveira (MDB-GO), do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) e do ministro dos Transportes, Renan Filho . Em julho, o DNIT já havia iniciado o mapeamento e os levantamentos topográficos, em parceria com a Dynatest, para embasar a intervenção .
Crítica e urgência
Especialistas apontam que a erosão, cratera com mais de 500 m de extensão e até 20 m de profundidade, é fruto de décadas de abandono no escoamento de águas pluviais e ocupação urbana desordenada . Embora a obra paliativa tenha começado com certa demora — mais de um mês após a liberação dos R$ 9 milhões —, o DNIT afirma que a contenção emergencial ficará pronta antes do próximo período de chuvas e será seguida por uma obra definitiva, após a conclusão dos estudos técnicos .
A engenheira Paloma Ludmyla destacou a necessidade de transparência sobre prazos e etapas futuras, ressaltando que a ação emergencial deve ser acompanhada por soluções estruturais, como bacias de retenção, além de planejamento urbano e drenagem eficiente .
Próximos passos
O cronograma prevê, após a estabilização, licitação e execução de um projeto técnico executivo que oferecerá contenção permanente à voçoroca. A prefeitura também espera contar com um aporte adicional de R$ 50 milhões em parceria com o Ministério das Cidades, destinados à drenagem definitiva da área .
📌 Principais fatos:
- Início das obras paliativas: 21 de julho de 2025
- Valor investido: ~R$ 9 milhões (PRAD)
- Responsável pela execução: DNIT, com apoio da Prefeitura e articulação política
- Fase atual: limpeza do terreno e preparação do acesso para equipamentos
- Desafio histórico: cratera longa, profunda e resultado de ocupação sem drenagem adequada
- Próxima etapa: licitação do projeto executivo e obras definitivas com possível aporte federal adicional












