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BRICS no Rio: bloco busca nova governança global e enfrenta ameaças de tarifas

Apesar da ausência de Xi e Putin, Brasil e Índia assumem protagonismo para fortalecer alternativa multipolar.

De 7 a 9 de julho, o Brasil sediou a 17ª Cúpula BRICS no Rio, sob o tema “Institutionalizing Multipolarity: Reform, Cooperation, and Sustainability”. Embora os presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin não tenham comparecido pessoalmente — Putin participou por videoconferência e Xi enviou seu premier — o encontro foi marcado por iniciativas ambiciosas em reforma das instituições globais, financiamento climático e regulação de IA.

Um ponto alto foi a proposta de criação de um fundo climático e um secretariado permanente, além de esforços diplomáticos para intensificar o uso de moedas nacionais no comércio intra‑BRICS. A declaração final abordou a urgência de preservação do multilateralismo, condenou tarifações unilaterais (em resposta direta à ameaça de um adicional de 10% de tarifas do ex‑presidente Trump).

O presidente Lula posicionou o bloco como sucessor do Movimento dos Não‑Alinhados, enfatizando representatividade de mais de 40% da economia global, e afirmou que o BRICS pode “reformar o Conselho de Segurança da ONU e o FMI”. Já o premiê Modi alertou contra o uso geopolítico de minerais estratégicos, defendendo cadeias de suprimento mais seguras e transparentes.

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