Tóquio, Japão – Um estudo recente realizado por cientistas japoneses, com destaque para a equipe do Instituto de Tecnologia de Shibaura, reacendeu as esperanças no combate às doenças neurodegenerativas. A pesquisa sugere que a Vitamina K, um nutriente já conhecido por seu papel na coagulação sanguínea e na saúde óssea, possui propriedades neuroprotetoras que podem ajudar a retardar o avanço de doenças como Alzheimer e Parkinson.
O Mecanismo de Ação e a “Ferroptose”
A chave para essa descoberta parece estar ligada à capacidade da Vitamina K de atuar como um poderoso antioxidante. O estudo (parte de uma colaboração internacional, inclusive com o Japão) identificou que a vitamina tem um papel crucial na prevenção de um tipo de morte celular chamada ferroptose.
A ferroptose é uma forma de morte celular que ocorre devido a um desequilíbrio de ferro e tem sido cada vez mais implicada na progressão de diversas doenças neurodegenerativas. Ao inibir esse processo, a Vitamina K essencialmente protege os neurônios contra danos e degeneração, que são as características centrais do Alzheimer e do Parkinson.
Implicações para o Combate às Doenças
Embora a pesquisa esteja em estágios iniciais e necessite de testes clínicos aprofundados em humanos, os resultados são considerados um grande avanço no entendimento de novas estratégias terapêuticas.
- Alzheimer: O efeito antioxidante e a inibição da morte celular podem ser um caminho para atenuar o declínio cognitivo e preservar as funções cerebrais em indivíduos idosos.
- Parkinson: A proteção neuronal oferecida pela vitamina pode ajudar a retardar a perda das células cerebrais produtoras de dopamina, o que é a principal causa dos sintomas motores da doença.
Onde Encontrar a Vitamina K?
A Vitamina K é um nutriente lipossolúvel encontrado em duas formas principais na dieta:
- Vitamina K1 (Filoquinona): Abundante em vegetais de folhas verdes, como couve, espinafre e brócolis.
- Vitamina K2 (Menaquinona): Encontrada em alimentos fermentados (como o natto japonês), queijos, e carnes (fígado). Esta forma é particularmente destacada em alguns estudos por suas atividades no tecido cerebral.
Apesar do otimismo, os especialistas ressaltam que o consumo da vitamina deve ser balanceado e, para fins terapêuticos, qualquer suplementação deve ser feita somente sob orientação de um profissional de saúde, especialmente devido à sua interação com medicamentos anticoagulantes.













