Enquanto Lula busca consolidar o protagonismo do Brasil no cenário internacional, Trump se prepara para possível retorno à Casa Branca em meio a polarizações crescentes
A política global vive tempos intensos e imprevisíveis. De um lado, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, tenta recolocar o país no centro das articulações diplomáticas internacionais, defendendo pautas como o multilateralismo, a transição energética e a justiça social. Do outro lado do continente, Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, tenta voltar ao poder com um discurso cada vez mais nacionalista e polarizador, mirando as eleições presidenciais americanas de 2026.
Embora ideologicamente opostos e com estilos completamente distintos, Lula e Trump representam, cada um à sua maneira, duas forças políticas que têm marcado o século XXI: o progressismo social contra o populismo conservador. Ambos são figuras polêmicas, com base popular sólida e discursos que mobilizam multidões — ainda que por razões muito diferentes.
Lula e o papel do Brasil no mundo
Desde que voltou à presidência em 2023, Lula tem buscado restaurar a imagem diplomática do Brasil, desgastada durante o governo anterior. Em encontros com líderes europeus, asiáticos e latino-americanos, o petista tem defendido a criação de uma nova governança global, mais justa e menos centrada nos interesses das grandes potências.
“Queremos um mundo multipolar, com respeito entre os povos e com foco no combate à desigualdade e às mudanças climáticas”, afirmou Lula em discurso recente na ONU. A diplomacia brasileira voltou a atuar em blocos como o BRICS e a CELAC, e tenta viabilizar acordos comerciais e ambientais em fóruns multilaterais.
Trump e o retorno da agenda ‘America First’
Enquanto isso, nos EUA, Donald Trump articula sua volta à presidência após anos conturbados marcados por investigações, processos e acusações criminais. Líder nas pesquisas internas do Partido Republicano, Trump continua defendendo a agenda “America First” — focada no protecionismo econômico, na segurança de fronteiras e no combate à imigração ilegal.
Mesmo após deixar a Casa Branca, Trump mantém enorme influência sobre a base republicana e vem intensificando críticas ao atual governo de Joe Biden. Em comícios, repete que “o sistema está contra ele”, alimentando a narrativa de perseguição política e buscando mobilizar eleitores descontentes com o establishment.
Dois estilos, um mesmo palco: o mundo
Apesar de suas divergências políticas e ideológicas, Lula e Trump são peças centrais no xadrez político mundial. Ambos já governaram seus países em momentos distintos e agora voltam a ocupar o centro das atenções: Lula como líder do maior país da América Latina e possível mediador global; Trump como ex-presidente polêmico que ameaça voltar com ainda mais força.
O mundo observa: de um lado, a diplomacia conciliadora e progressista; do outro, o populismo combativo e conservador. E entre discursos, acordos, batalhas jurídicas e tensões eleitorais, Lula e Trump seguem influenciando o curso da política global — cada um à sua maneira.
